By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Alessandro Dantas (PT no Senado)
Durante a sessão não
deliberativa desta sexta-feira (25), presidida pela senadora Gleisi
Hoffmann (PT-PR), a oposição do Senado anunciou que vai protocolar um
pedido de impeachment do presidente Michel Temer na próxima
segunda-feira, (28), na Câmara Federal.
Gleisi aproveitou para repercutir o caso
envolvendo o suposto tráfico de influência de Temer e de seu então
ministro Geddel Vieira Lima em um empreendimento imobiliário na Bahia.
No plenário, a senadora propôs que Temer renuncie do cargo e convoque
eleições diretas.
De acordo com Gleisi, a denúncia do ex-ministro da
Cultura Marcelo Calero é um caso grave por se tratar de tráfico de
influência e advocacia administrativa. Para ela, o Planalto e a Casa
Civil não poderiam intervir em interesses privados. “É uma situação
muito grave. O que o presidente estava fazendo era tráfico de
influência, advocacia administrativa a favor de interesse privado. Disse
seu porta-voz que aquilo era mediação de conflito entre ministérios, o
que se dá na discussão de políticas públicas, mas não pode se dar em
relação a interesses particulares”, declarou.
A paranaense também discursou sobre o pedido de
impeachment de Temer protocolado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Porém, para evitar o desgaste da sociedade com um novo processo de
afastamento, a petista declarou que o presidente deveria compensar sua
“pequenez” pedindo a renúncia de seu mandado. “Ontem eu fui deitar e
pensei: ‘bem feito que isso aconteceu’. A justiça veio à cavalo”,
declarou. “O problema disso tudo é o sofrimento que vai causar ao povo
brasileiro. Essa crise ólítica não para. Nós estamos com serviços
precários por conta de cortes orçamentários…”, concluiu.
PEC do Teto dos Gastos
Para Gleisi Hoffmann, a denúncia feita
por Calero agravou a crise política e tornou inviável a votação da PEC
do Teto de Gastos, prevista para a próxima terça-feira (29). Além de
considerar que o governo federal não estaria em condição de pedir a
votação da matéria, a senadora reafirmou sua convicção de que a proposta
retira direitos e garantias constitucionais.
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