By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Agência Brasil
O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou hoje (29) a
possibilidade de aumento de impostos para este ano e disse que todas as
projeções feitas estão de acordo com a arrecadação prevista. Ele também
não acredita que, em 2017, sejam aumentados os tributos, porque, a
princípio, isso não é contemplado no orçamento para o ano que vem.
“Neste
momento existe uma necessidade de aumento da arrecadação total e
acreditamos que parte dela retornará com o Produto Interno Bruto (PIB)
voltando a crescer. Além disso, existem as receitas de privatizações e
concessões”, disse o ministro, após participar de cerimônia de premiação
de empresas na capital paulista.
Segundo
ele, a prioridade nacional atualmente é controlar a queda da economia,
estabilizar, voltar a crescer, investir e criar empregos. “Para isso,
estamos tomando providências para o governo deixar de ser um grande
absorvedor de poupança da sociedade, controlando o crescimento das
despesas públicas. Com isso, haverá maior disponibilidade de recursos
para financiamento, crédito e investimento. Não só para o financiamento
direto, mas para o doméstico, externo e o consumo que vai gerar aumento
da renda emprego e queda da inflação”.
Meirelles
afirmou que esse é um trabalho de profundidade que visa dar ao Brasil
condições de crescer de forma sustentada por muitos anos. “Os resultados
já estão positivos, as expectativas com a economia estão melhorando em
todos os setores e o índice de confiança está melhorando. Isso já começa
a se refletir na retomada das atividades com alguns setores já
crescendo e outros diminuindo a queda. No devido tempo, teremos a volta
da criação de empregos e, com isso, o país pode aumentar de forma
consistente seu padrão de renda”.
Queda na arrecadação e recessão desde 2014
Meirelles
disse que a queda na arrecadação anunciada hoje reflete uma tendência
histórica de que mostra que quando o PIB – Produto Interno Bruto - está
aumentando a arrecadação cresce e vice-versa. “O que vemos agora é o
resultado dessa recessão fortíssima na qual o Brasil entrou no final de
2014. Estamos na maior recessão da história do país que é resultado da
política econômica dos últimos anos. Na medida em que isso é corrigido, a
atividade se estabiliza e começa a mostrar resultados”, explicou.
O
ministro da Fazenda falou, também, que espera fechar o texto da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 – que limita os gastos
públicos - na próxima terça-feira e a ideia é a de que o texto seja o
melhor possível e seja aprovado ainda neste ano. “Não existe fórmula
perfeita e nada que não caiba em uma discussão e aperfeiçoamento tendo
em vista diversos aspectos. O mais importante é que ela está sendo muito
bem recebida não só pela sociedade como pelos líderes partidários.
Estamos confiantes de que vai ser aprovada ainda este ano”.
De
acordo com o ministro a PEC é muito simples e objetiva, não dando
espaços para que o governo ceda muito, já que estabelece um limite da
gastos públicos pelos próximos dez anos, podendo ser prorrogado de
acordo com o critério proposto para esse período. “Estamos discutindo
questões relacionadas ao que será considerado sucesso da PEC e quando e
em que condições poderemos declarar que o ajuste está sendo bem
sucedido”, enfatizou.
Sobre
a Reforma da Previdência, o ministro da Fazenda afirmou que a meta é
enviar o texto ao Congresso Nacional nas próximas semanas para que seja
aprovado no primeiro semestre de 2017. “Reforma da Previdência não é
algo para ser aprovado a toque de caixa. É da maior importância porque
envolve toda a população brasileira e precisa ser discutida com maior
franqueza e seriedade. Mais importante do que a idade com que a pessoa
vai se aposentar é garantir que todos vão receber aposentadoria”,
finalizou.
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