By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL DA CIDADE – Imagem: Divulgação
Mãe, irmão, irmã, cunhada, filhos, sobrinhos e a esposa, deputada
estadual Claudia Pereira (PSC). Esta é a relação de familiares do
prefeito afastado de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB), que integraram
ou integram quadro societário de empresas criadas, segundo o Ministério
Público Federal (MPF), “para dar vazão aos recursos públicos federais
desviados da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu”.
A acusação fez parte do pedido de prisão acatado na última quarta-feira (14) pelo desembargador federal Márcio Antônio Rocha. Desde então, Reni permanece judicialmente afastado do cargo de prefeito e cumpre prisão domiciliar.
Para apontar o envolvimento da família do investigado no escândalo de corrupção descoberto pela Polícia Federal (PF), que corre no bojo da Operação Pecúlio, os investigadores quebraram os sigilos bancário e fiscal de Reni.
De acordo com análises documentais, logo após ter vencido as eleições municipais, em outubro de 2012, Pereira passou a ingressar o quadro societário das empresas Berttoni Empreendimentos e Participações Ltda., Jardim Botânico Empreendimentos e Participações Ltda.; e Fontoura Pereira & Cia Ltda. Todas as três empresas, sediadas em sua antiga residência, não apresentam movimentação financeira nos últimos cinco anos.
“A cronologia dos fatos indica que todas as três empresas foram formalizadas, acompanhando a ‘evolução’ do mandato do investigado Reni Pereira, a indicar o caminho dos recursos desviados, provenientes do erário público federal”, pontua a procuradora Regional da República, Antônia Lélia Neves Sanches.
Além do prefeito afastado, integram o quadro societário das três instituições sua esposa, a deputada estadual Claudia Pereira, e mais dois filhos do casal, sendo um maior e outro menor de idade. A soma do capital social das três empresas é de R$ 527 mil.
“Possivelmente, Reni, juntamente com sua esposa Claudia, eleita deputada estadual em 2014, estão, desde o início do mandato do primeiro investigado, movimentando recursos públicos federais desviados, por meio de um grupo empresarial de instituições não-financeiras”, completa a procuradora.
A reportagem buscou contato com a deputada Claudia Pereira. Sua assessoria não retornou os e-mails enviados e a deputada não atendeu às ligações feitas ao seu aparelho celular.
Outros familiares
No desenrolar das investigações, a PF chegou ao nome de outros familiares de Reni que passaram a incorporar quadro societário de empresas após sua eleição como prefeito.
Destaque para a mãe de Reni Pereira, a senhora F. S. P., falecida em setembro de 2015. “Apesar de contar com 77 anos de idade à época de sua inclusão, figurava como sócia responsável de empresas ligadas ao ramo de construções e aluguéis de máquinas de obras, muito embora estivesse aposentada por invalidez pelo INSS, não possuindo registro formal de vida laborativa compatível com as atividades empresariais assumidas”, descobriram os investigadores.
A Polícia Federal narra também no inquérito policial de Reni Pereira que seu sobrinho, I.M.P., com apenas 19 anos de idade, controla empresas cujos capitais sociais perfazem R$ 1.9 milhão. A PF detectou a ligação societária direta entre I. M. P. e Paulo Trento Gorski, sócios formais da empresa GPS Pavimentações e Construção Ltda. Paulo Trento Gorski é filho de Paulo Gustavo Gorski, empresário da cidade de Cascavel, proprietário da SAMP – Construtora. A empresa celebrou inúmeros contratos com a Prefeitura de Foz do Iguaçu alvos da Operação Pecúlio.
“Cabe ressaltar que a empresa GPS Pavimentações e Construção Ltda. não foi localizada no seu endereço de cadastro, tampouco foram encontrados registros de atividade empresarial, tratando-se, possivelmente, de empresa “laranja” usada para movimentações ilícitas de recursos financeiros”, acusam os investigadores da PF. Novas pesquisas permitiram apurar a existência de pessoas jurídicas em nome de I. T. P. N. e F. R. N., respectivamente, irmã e sobrinho de Reni Perira.
Na avaliação do MPF, “observou-se, que o investigado Reni Pereira possivelmente coordena as ações ilícitas praticadas em prol das empresas ‘pertencentes’ a seus familiares, que atuam no ramo de construção civil, em especial no fornecimento de maquinários, insumos, terraplenagem e obras em geral, para o Município de Foz do Iguaçu”, afirma a procuradora.
Após ter acesso ao inquérito policial, a representante do MPF concluiu em seu pedido de prisão contra o prefeito afastado. “Da análise dos dados levantados depreende-se que Reni Pereira vem movimentando recursos públicos federais ilicitamente obtidos, por meio das empresas acima citadas, que foram criadas ou controladas durante o exercício do mandato de Prefeito Municipal de Foz do Iguaçu (...), buscando ocultar e “branquear” tais valores, ficando demonstrada a existência de interesses comuns e vinculação” de Reni e seus familiares.
MATÉRIAS RELACIONADAS: Prefeito de Foz é preso e afastado do cargo.
MPF pede que Reni Pereira deixe regime domiciliar e seja preso. A acusação fez parte do pedido de prisão acatado na última quarta-feira (14) pelo desembargador federal Márcio Antônio Rocha. Desde então, Reni permanece judicialmente afastado do cargo de prefeito e cumpre prisão domiciliar.
Para apontar o envolvimento da família do investigado no escândalo de corrupção descoberto pela Polícia Federal (PF), que corre no bojo da Operação Pecúlio, os investigadores quebraram os sigilos bancário e fiscal de Reni.
De acordo com análises documentais, logo após ter vencido as eleições municipais, em outubro de 2012, Pereira passou a ingressar o quadro societário das empresas Berttoni Empreendimentos e Participações Ltda., Jardim Botânico Empreendimentos e Participações Ltda.; e Fontoura Pereira & Cia Ltda. Todas as três empresas, sediadas em sua antiga residência, não apresentam movimentação financeira nos últimos cinco anos.
“A cronologia dos fatos indica que todas as três empresas foram formalizadas, acompanhando a ‘evolução’ do mandato do investigado Reni Pereira, a indicar o caminho dos recursos desviados, provenientes do erário público federal”, pontua a procuradora Regional da República, Antônia Lélia Neves Sanches.
Além do prefeito afastado, integram o quadro societário das três instituições sua esposa, a deputada estadual Claudia Pereira, e mais dois filhos do casal, sendo um maior e outro menor de idade. A soma do capital social das três empresas é de R$ 527 mil.
“Possivelmente, Reni, juntamente com sua esposa Claudia, eleita deputada estadual em 2014, estão, desde o início do mandato do primeiro investigado, movimentando recursos públicos federais desviados, por meio de um grupo empresarial de instituições não-financeiras”, completa a procuradora.
A reportagem buscou contato com a deputada Claudia Pereira. Sua assessoria não retornou os e-mails enviados e a deputada não atendeu às ligações feitas ao seu aparelho celular.
Outros familiares
No desenrolar das investigações, a PF chegou ao nome de outros familiares de Reni que passaram a incorporar quadro societário de empresas após sua eleição como prefeito.
Destaque para a mãe de Reni Pereira, a senhora F. S. P., falecida em setembro de 2015. “Apesar de contar com 77 anos de idade à época de sua inclusão, figurava como sócia responsável de empresas ligadas ao ramo de construções e aluguéis de máquinas de obras, muito embora estivesse aposentada por invalidez pelo INSS, não possuindo registro formal de vida laborativa compatível com as atividades empresariais assumidas”, descobriram os investigadores.
A Polícia Federal narra também no inquérito policial de Reni Pereira que seu sobrinho, I.M.P., com apenas 19 anos de idade, controla empresas cujos capitais sociais perfazem R$ 1.9 milhão. A PF detectou a ligação societária direta entre I. M. P. e Paulo Trento Gorski, sócios formais da empresa GPS Pavimentações e Construção Ltda. Paulo Trento Gorski é filho de Paulo Gustavo Gorski, empresário da cidade de Cascavel, proprietário da SAMP – Construtora. A empresa celebrou inúmeros contratos com a Prefeitura de Foz do Iguaçu alvos da Operação Pecúlio.
“Cabe ressaltar que a empresa GPS Pavimentações e Construção Ltda. não foi localizada no seu endereço de cadastro, tampouco foram encontrados registros de atividade empresarial, tratando-se, possivelmente, de empresa “laranja” usada para movimentações ilícitas de recursos financeiros”, acusam os investigadores da PF. Novas pesquisas permitiram apurar a existência de pessoas jurídicas em nome de I. T. P. N. e F. R. N., respectivamente, irmã e sobrinho de Reni Perira.
Na avaliação do MPF, “observou-se, que o investigado Reni Pereira possivelmente coordena as ações ilícitas praticadas em prol das empresas ‘pertencentes’ a seus familiares, que atuam no ramo de construção civil, em especial no fornecimento de maquinários, insumos, terraplenagem e obras em geral, para o Município de Foz do Iguaçu”, afirma a procuradora.
Após ter acesso ao inquérito policial, a representante do MPF concluiu em seu pedido de prisão contra o prefeito afastado. “Da análise dos dados levantados depreende-se que Reni Pereira vem movimentando recursos públicos federais ilicitamente obtidos, por meio das empresas acima citadas, que foram criadas ou controladas durante o exercício do mandato de Prefeito Municipal de Foz do Iguaçu (...), buscando ocultar e “branquear” tais valores, ficando demonstrada a existência de interesses comuns e vinculação” de Reni e seus familiares.
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