By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE – Imagem: JM
Uma ação conjunta entre Ministério Público Federal (MPF) e
Polícia Federal (PF) resultou na prisão em flagrante de dois policiais
rodoviários federais, suspeitos de cometeram crime de concussão. Os policiais
teriam exigido o pagamento de propina para não aplicarem multa e nem realizarem
a apreensão do veículo de um caminhoneiro, durante uma fiscalização realizada
no posto de combustível da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Imbaú, na BR-376,
região dos Campos Gerais.
A prisão ocorreu na noite do dia 22 de junho, momentos após
o pagamento de propina e liberação do caminhoneiro. A ação foi deflagrada após
várias denúncias chegarem aos órgãos competentes envolvendo possíveis irregularidades
funcionais ocorridas no posto da PRF em Imbaú.
Os policiais rodoviários interpelaram o caminhoneiro no
posto da PRF para verificar supostas infrações. No local, conforme confirmou o
motorista em depoimento posterior, ele foi forçado a entregar o valor que
possuía no momento (um cheque de R$ 250 do Banco Sicredi e uma cédula de R$
50).
Na mesma noite a PF se dirigiu ao local para cumprir as
prisões após a confirmação das denúncias, inclusive por meio de monitoramento
por câmeras de vídeo. Durante o cumprimento das prisões também foram
encontrados nos objetos pessoais dos policiais rodoviários (bolsas, mochilas e
veículos), grande quantia em dinheiro (mais de R$ 2 mil em espécie) e também um
cheque no valor de R$ 250,00 do Banco Sicredi, que teria sido entregue pela
última vítima.
Os policiais rodoviários foram conduzidos, a princípio, para
a Delegacia da PF de Ponta Grossa e, posteriormente, encaminhados para o
Presídio Hildebrando de Souza. Em audiência de custódia realizada na 1.ª Vara
Federal de Telêmaco Borba, as prisões em flagrante foram convertidas em prisões
preventivas.
“Entendo que os elementos de prova colhidos até o presente
momento recomendam a decretação da prisão preventiva como forma de evitar que
os flagrados, caso soltos e no exercício das funções, permaneçam agindo de modo
reprovável, maculando a imagem do órgão público que integram”, ressaltou a
juíza em seu despacho.
A Procuradoria da República em Ponta Grossa acompanha a
conclusão das investigações e o encerramento do inquérito decorrente do
flagrante.
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