quarta-feira, 16 de março de 2016

Deputado Francischini é citado por Delcídio em delação da Lava Jato



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC Imagem: Divulgação


O senador Delcídio do Amaral afirmou em delação premiada que teve a informação de que o deputado federal e ex-secretário de Segurança do Paraná Fernando Francischini (SD) fazia parte de um grupo de parlamentares que pedia dinheiro para barrar requerimentos de convocação de empresário na CPI da Petrobras.
O deputado nega as acusações. Afirma que o senador mentiu e que usou a delação para se vingar.
A delação premiada do senador afastado do PT ocorre no âmbito da Operação Lava Jato e foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (15). Confira as declarações na íntegra.
Delcídio foi preso pela Polícia Federal (PF), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Em uma gravação, ele oferece R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
O senador deixou a prisão com um habeas corpus concedido pelo ministro Teori Zavascki, do STF, em fevereiro deste ano. Conforme a ordem judicial, ele deverá cumprir uma série de exigências, mas poderá manter o mandato, a menos que seja cassado. Ao todo, ele cumpriu 87 dias de prisão preventiva.
De acordo com o senador, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro coordenou uma espécie de força-tarefa para blindar os empresários.
Ainda conforme o relato de Delcídio, eram realizadas reuniões entre empresário e membros na CPI, normalmente, às segundas-feiras.
“(...) Nessas reuniões, os parlamentares pediam dinheiro para os empresários em troca da derrubada dos requerimentos; que conversou com Ricardo Pessoa sobre esse tema e o mesmo narrou ao depoente esses fatos e se mostrou 'revoltado' com o pedido de dinheiro”, diz trecho da delação.
Este termo da colaboração foi denominado de “Pedágio cobrado na CPMI da Petrobras”.
O senador afirmou à Procuradoria Geral da República que os deputados falavam que precisavam de dinheiro para a campanha e que os valores eram pagos em espécie e “por fora”. Isso significa sem declaração na Justiça Eleitoral.
Delcídio afirma que não compareceu à reunião alguma porque não integrava a CPI e que pelas informações que teve participaram da reunião os parlamentares Marcos Maia, Fernando Francischini, Vital do Rego e Gim Argelo.
Ainda conforme dito pelo senador, os nomes foram mencionados por Julio Camargo e Ricardo Pessoa – ambos são delatores da Operação Lava Jato e já têm condenação. Julio Camargo é ex-consultor da Toyo Setal, e Ricardo Pessoa é dono da empreiteira UTC.
Além de Léo Pinheiro, Delcídio também diz que participaram das reuniões os empresários José Antunes Sobrinho da Engevix.
Em oficio encaminhado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também enviado para a imprensa, o deputado afirma que o senador mentiu “escancaradamente” quando o mencionou.
Disse que nunca esteve em Brasília em segundas-feiras nos últimos cinco anos. O deputado ainda negou ter tido contato com investigados. Francischini declarou também que apresentou inúmeras convocações e denúncias contra Delcídio e que o senador usou a delação para se vingar.

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