By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND NEWS – Imagem: Divulgação
Uma das preocupações dos advogados é o alto índice de reformas de decisões de segundo grau feitas pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo próprio STF. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, no STJ o índice de modificação das decisões é de quase 28% e no Supremo de 9%. O criminalista Marlus Arns avalia que a mudança de orientação do Supremo representa um retrocesso nas conquistas democráticas. Para ele, é necessário, portanto, que haja uma reforma constitucional.
Marlus Arns lembra que algumas medidas de mudanças para o sistema penal brasileiro já estavam em discussão no judiciário, inclusive a aplicação de um processo com menos encarceramento. O criminalista esclarece que havia um pensamento de que a busca pela recuperação de ativos, a retomada de produtos dos crimes e a aplicação de penas pecuniárias podiam ser alternativas para evitar a prisão imediata e desafogar o sistema penitenciário. Mas com a decisão do Supremo, Marlus Arns diz que toda essa evolução está sendo esquecida.
Renato Andrade, da OAB-PR, atribui a mudança de entendimento da Corte à pressão social.
Já o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato em Curitiba, comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal que altera as regras para prisões de presos condenados. Por meio de nota, Moro disse que a decisão do STF é merecedora de elogios e reinsere o Brasil em parâmetros internacionais. Por maioria de votos, os ministros do Supremo decidiram que as prisões de condenados devem ocorrer depois de a sentença ser confirmada por uma segunda instância. Atualmente, a sentença só era definitiva depois de passar por três graus de recurso – até o Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça. Para Sérgio Moro, a mudança “fechou uma das janelas da impunidade no processo penal brasileiro”.
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