By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Elis Santos
Separados por menos de um quilômetro estão a Casa do Papai Noel, tradicional atração turística de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e o barraco de Robson e Mayra, de quatro anos de idade. No pequeno cômodo de pai e filha não caberia nem sequer o trono do bom velhinho.
Se a casa do Papai Noel é perceptível pela bela decoração, o outro imóvel está escondido no fim de uma estrada de chão batido, próximo a Avenida Almirante Alexandrino. Eis que no mês de Natal, que celebra as boas ações, a vendedora Elis Santos, de 40 anos, finalmente notou o pequeno casebre de madeira.
“Dói na alma ver uma pessoa, e ainda mais uma criança, nessa situação. Isso comove qualquer um. No último domingo, eu fui visitar a família e postei as fotos dos dois no Facebook para mostrar para todos que essa realidade está muito perto de nós”, disse a vendedora em entrevista ao radialista Geovane Barreiro em entrevista ao Jornal da Banda B desta terça-feira (8).
Ao conversar com Robson, que é catador de material reciclável, ela descobriu que a mãe de Mayra sofreu depressão pós-parto e, sem tratamento, abandonou a família. “Ela batia muito na pequena e resolveu sair de casa, deixando os dois sozinhos. Para piorar a situação, os parentes do Robson moram longe, ele não tem a quem recorrer”, afirmou Elis. Pai e filha vivem em um cômodo pequeno, com uma televisão e mais nada, tudo em um terreno não regularizado e sem qualquer perspectiva de melhora. Fazem as necessidades fisiológicas na residência de vizinhos. Chocada com a realidade dos dois, Elis aproveitou o espírito natalino que invade a cidade nessa época do ano para ajudá-los com algumas doações.
“Enquanto a gente passeia, tem de tudo e ainda reclama por pouca coisa, existem pessoas que não têm nem o que comer. Eu sei que não tem como ajudar todo mundo, mas podemos estender o braço a quem está próximo. Mesmo com tantas dificuldades, a pequena Mayra é uma criança feliz, ativa e cheia de vida, e isso me reconfortou bastante”, comentou a vendedora. Quando não trabalha como catador de recicláveis, o pai é o responsável pela educação da menina. “Pelo o que eu consegui entender, a menina ainda não tem vaga em escola pública e o pai é quem ensina tudo a ela. É uma situação dramática, mas eu repito, vi uma menina sorridente, que não reclamava de nada”, disse emocionada.
Como ajudar
Contribuir para dar a Robson e Mayra melhores condições de vida marcou Elis. Ela acredita que, nesse tempo de Natal, as pessoas possam se sensibilizar com essa história e repensar as suas atitudes.
“Eu rezo a Deus para que todos tenham uma vida pelo menos um pouco mais digna. Nós vemos as pessoas na rua e não fazemos ideia do que está por trás da realidade de cada uma delas”, concluiu a vendedora.
Quem quiser ajudar a família pode entrar em contato com a Elis por meio da página dela no Facebook.
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