By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Na produção, dois atores, Tiago Fonseca e Leonardo Medina – que também é diretor de Marketing do canal, estão com as mesmas roupas e vão para ruas de Apucarana e Maringá para mostrar se os moradores têm comportamentos diferentes ao verem um branco e um negro tentando abrir a porta de uma BMW com um arame.
O vídeo mostra que Leonardo ficou mais de 15 minutos tentando abrir o carro, e nesse período, ninguém tentou persuadi-lo. Apenas um rapaz oferece ajuda para abrir a porta do carro. Nenhum momento a polícia é chamada.
A mesma cena é repetida pelo ator Tiago Fonseca, que é negro. Mas, no caso dele, a tentativa de abrir o carro durou pouco mais de dois minutos. Algumas pessoas chegam, perguntam o que está acontecendo e não acreditam na história. Em poucos minutos o ator é jogado no chão e imobilizado até a chegada de policiais militares. No fim, ele é levado para a delegacia.
No Boletim de Ocorrência divulgado pela PM um dia depois da situação, os policiais relataram que a central de atendimento recebeu diversas ligações informando que um indivíduo tentava furtar um veículo na Avenida Curitiba e, que por este motivo, estava sendo contido por outras pessoas. Essa mesma pessoa já tinha sido detida no dia 3 de dezembro por perturbação de sossego em Londrina.
O ator e diretor de Marketing do canal conta que no dia da realização da pegadinha os integrantes optaram por não revelar sobre o que era a história para os policiais para não atrapalhar a divulgação do vídeo.No entanto, os documentos do carro foram apresentados.
“Nós planejamos a pegadinha depois dos ataques racistas direcionados a repórter e atrizes da Globo. Queríamos saber como as pessoas reagiriam, se ainda há racismo na sociedade. Muita gente fala que é contra, mas em situações como essa as atitudes são bem diferentes. O racismo é velado”, diz Leonardo Medina.
Segundo Leonardo Medina, na primeira gravação, feita em Londrina, algumas pessoas também chamaram a polícia quando viram Tiago abrindo o carro. “Lá a reação dos policiais e da própria população foi diferente. Ele [Tiago] não foi jogado no chão e nem imobilizado”, pontua.
A Polícia Militar informou que a gravação do canal Boom atrasou o atendimento de outras ocorrências que estavam em andamento e atrapalhou o serviço da polícia, por isso Tiago Fonseca foi detido.
O carro utilizado na gravação foi comprado pelo ator, mas no dia da detenção em Apucarana, a transferência para o nome dele ainda não tinha sido realizada. Segundo Leonardo Medina, toda a documentação foi regularizada esta semana.
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