By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rodrigo Zub (Rádio Najua) – Imagem: Élio Kohut
(Intervalo da Noticias)
Adriano Hersen, de 39 anos, morreu afogado. A vítima praticava rapel junto com um casal de amigos quando ocorreu o fato. Segundo especialistas, o local não é indicado para prática de esportes radicais.
Em entrevista ao repórter Elio Kohut, o Soldado Natel, da Polícia Militar, contou detalhes do afogamento. “Por volta das 14h30 compareceu na sede da 4ª Cia um solicitante informando que estava junto com seu amigo e mais a namorada e foram até a localidade de Manduri, no Salto Barão do Rio Branco, foram praticar rapel, sendo que ele desceu por primeiro e nadou até a margem. Seu amigo [Adriano] também desceu e ao entrar na água não conseguiu chegar à margem. Ele submergiu e o companheiro o perdeu de vista”.
Após ser acionada, a PM entrou em contato com o Bombeiro Comunitário de Prudentópolis, que solicitou apoio da equipe de Irati. Após quatro horas de busca, por terra e dentro do rio, os bombeiros encontraram o corpo da vítima.
Os três amigos haviam chegado ao salto por volta das 8h. Eles iniciaram a descida de rappel antes mesmo de almoçarem.
Segundo Natel, Adriano e o casal praticavam rapel há mais de cinco anos e possuíam todos os equipamentos de proteção necessários para esse tipo de atividade. “Eles tinham a aparelhagem necessária. Se conheciam há bastante tempo e frequentavam a academia de propriedade do solicitante que compareceu na Cia”, comenta o Soldado.
O caso será investigado pela Polícia Civil de Prudentópolis. As duas testemunhas que estavam no local serão intimadas para prestarem depoimento, diz Natel.
Adriano trabalhava nos Correios e residia na Vila Carli, em Guarapuava. A vítima estava de folga nesta segunda-feira, 2, já que em Guarapuava era feriado de Nossa Senhora do Belém, padroeira da cidade.
Ponto turístico já causou morte de oito pessoas
“Perigo! 40 metros de profundidade, água turbulenta, alto índice de morte por afogamento”. As placas colocadas no salto Barão do Rio Branco, em Prudentópolis, alertam sobre o perigo de se banhar no local. Até agora, segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, oito pessoas já perderam a vida no ponto turístico.
Antes de Adriano, a última morte havia sido registrada em novembro de 2014. Na ocasião, o agente penitenciário de Guarapuava, Maicon Anderson Borgato, de 34 anos, morreu vítima de afogamento.
Quando foi entrevistado pela reportagem da Najuá no dia que o corpo de Maicon foi resgatado, o 3º sargento Zarowny, do Corpo de Bombeiros de Irati, já alertava sobre os riscos do Salto. “O local é bastante perigoso, impróprio para banho e não oferece segurança alguma”.
Os números mostram a noção do perigo. Para chegar até o Salto é necessário descer 400 degraus. Já a altura da queda d’ água chega a 64 metros. Conforme Zarowny, a profundidade do Salto chega próximo de 40 metros.
O Salto é sinalizado com placas de alerta sobre o perigo da queda. Uma das placas faz referência à morte do engenheiro civil Jair Kurmann, de 27 anos, no dia 23 de dezembro de 2012.
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Ter equipamento não basta, saber executar a descida de rapel também não basta. Há uma total necessidade daqueles que praticam esportes de aventura, ter total conhecimento em APH e resgate. Caso houvesse um cabo de segurança e um instrutor como segurança, não haveria esse tipo de acidente.
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