By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Zero Hora – Imagem: úlio Woolpert (Stock Photos)
Identificar as origens da condição é o primeiro passo para o tratamento, conforme Mário Silveira de Souza, dentista e membro da Abha. Se for diagnosticada alguma doença relacionada à odontologia, como cáries e gengivites, indica-se o tratamento junto ao cirurgião-dentista do paciente. Descartadas essas opções, parte-se para uma análise da rotina alimentar, da saliva, de uma possível carência vitamínica e, se for necessário, pede-se um check-up geral, uma vez que inúmeras doenças podem causar mau hálito. A reeducação da higiene bucal também é um ponto a se observar.
— As pessoas limpam seus dentes de três a quatro vezes ao dia mas, ao analisarmos essa higiene na prática, percebemos que elas limpam aproximadamente 50% da boca. Ou seja, temos frequência, e não qualidade — afirma Souza, acrescentando que 90% das halitoses têm relação com a cavidade bucal.
Envelhecimento aumenta o problema
As incidências de mau hálito tendem a aumentar com o passar da idade. O principal motivo é a redução na produção de saliva, pelo processo de envelhecimento natural ou pelo uso de medicamentos que têm esse efeito colateral. Ao diminuir a quantidade de saliva, a pessoa produz uma saliva mais pegajosa, de odor carregado e que favorece a formação de saburra lingual (camada esbranquiçada ou amarelada que se deposita no “fundo” da língua).
Segundo a dentista Elaine Camargo, especialista em estomatologia, frequentemente as pessoas sequer sabem que têm halitose devido à fadiga olfatória, ou seja, quando deixam de perceber determinado cheiro. Ao mesmo tempo, há os que se sentem demasiadamente inseguros com seu hálito - tendo halitose ou não -, o que gera desconforto social.
— O mau hálito é um termômetro da qualidade de vida — ressalta Elaine.
Fique de olho
Alguns fatores que geram mau hálito
— Halitoses relacionadas com a dieta são bastante comuns. Ocorrem, por exemplo, com a ingestão de alimentos de odor carregado. Se consumidos em excesso, lipídios, proteínas e alimentos com enxofre na composição (como brócolis, repolho e couve) também podem contribuir para alteração do hálito.
— A carência das vitaminas A e D pode acelerar o processo de descamação do tecido epitelial, no caso da cavidade bucal, essas células descamadas servem de alimento para as bactérias geradoras do mau hálito.
— Até para evitar mau hálito é importante beber água. Pacientes desidratados têm redução na saliva e consequente geração de halitose.
— Cuidado com as bebidas alcoólicas: o álcool, além de agredir a mucosa oral e favorecer o aparecimento de doenças bucais, é eliminado pelo pulmão, dando um cheiro característico a quem bebe. A cerveja é diurética e gera desidratação, alterando ainda mais o hálito.
— O estresse também pode causar mau hálito. Uma das reações do organismo frente ao estresse é a ativação das glândulas suprarrenais e consequente liberação de adrenalina e cortisol, hormônios que também ocasionam a diminuição do fluxo salivar e a hipoglicemia, influenciando diretamente no aparecimento do mau hálito.
Fonte: dentista Mário Silveira de Souza
Como posso saber se tenho halitose?
Como normalmente não é possível sentir o próprio hálito, e muitas pessoas ficam constrangidas em nos informar quando há alguma alteração, seguem três sugestões da Associação Brasileira de Halitose.
— Faça um autoexame da língua diante de um espelho, verificando se há saburra lingual.
— Pergunte a alguém de sua confiança, em diferentes horários, se ela percebe alguma alteração em seu hálito.
— Consulte um dentista capacitado em halitose que esteja habituado a avaliar e a tratar o mau hálito, pois ele encontrará a causa e o efeito do problema. Se esse profissional possuir um gás cromatógrafo (equipamento que mede o hálito) você terá como mensurar o seu.
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