terça-feira, 20 de maio de 2014

Cidades médias e pequenas serão essenciais na eleição



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá Imagem: Daniel Castellano (Gazeta do Povo)

O Paraná tem 7.799.272 eleitores – cerca de 215 mil a mais do que em 2010, última eleição para governador. A maior concentração está em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu. Os grandes municípios do estado têm 31% do eleitorado (2,4 milhões de eleitores). Ainda assim, o mapa eleitoral do estado indica que os candidatos ao Palácio Iguaçu não devem negligenciar os 69% de votantes dos municípios médios e pequenos que são essenciais para a vitória ou derrota, especialmente num cenário de disputa acirrada.
“O interior é importante porque, em alguns dos principais colégios eleitorais, a diferença entre os candidatos pode ser pouco significativa. O desequilíbrio maior entre um e outro se dá nas pequenas cidades, onde o prefeito e as lideranças locais têm peso maior”, diz o analista político Elve Cenci, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
De acordo com ele, nas grandes cidades os prefeitos não exercem influência tão expressiva sobre os eleitores. “Nos pequenos municípios, há a base dos deputados estaduais e lideranças locais. Eles vão colocar a estrutura política que têm para funcionar a favor do candidato que apoiam”, explica Cenci.
Se o candidato não tiver adesão expressiva no interior, vai ter dificuldades de ganhar a disputa eleitoral, principalmente se a eleição for apertada. “O vencedor tem que ter boa colocação no interior, mas na capital também é essencial. A eleição majoritária é muito difícil porque o candidato tem de lutar pelos votos e para diminuir a rejeição nas regiões em que ela prevalece”, diz Doacir Quadros, cientista político da Uninter.
Ele lembra a eleição para o Senado em 2010. “Se formos comparar os votos de [Gustavo] Fruet e [Roberto] Requião, vemos que Requião ganhou porque tinha uma presença maior no interior do estado. É um eleitorado essencial”, comenta Quadros.
Além disso, o eleitor dos pequenos municípios do interior tem um perfil diferente daquele das grandes cidades. “Na capital, há mais possibilidade de contato entre o votante e os candidatos, principalmente pelos meios de comunicação. O eleitor no interior, em geral, tem contato maior com as lideranças locais e regionais”, diz Quadros.
Há ainda disparidades entre as diferentes regiões que devem ser levadas em conta. “Há várias regiões diferentes e é preciso analisar a demanda de cada uma delas para não errar em um pequeno detalhe. Isso pode ser um elemento que faz perder eleitores”, comenta Mário Sérgio Lepre, cientista político da UEL.
De olho
Os três principais pré-candidatos ao governo do Paraná já têm visibilidade consolidada em Curitiba. Beto Richa (PSDB), Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) terão de buscar apoio nas cidades do interior. E já estão de olho nas cidades menores: desde o ano passado, eles viajam e participam de eventos em diversos municípios menos populosos.
Pré-candidatos concorreram em 2010
Os três principais pré-candidatos ao governo do Paraná participaram da eleição de 2010. Beto Richa (PSDB) foi eleito governador; Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) se elegeram para o Senado. Neste ano, os três pretendem ser candidatos novamente. Agora concorrendo entre si pelo Palácio Iguaçu.
A distribuição do voto de cada um pelo estado pode ser um indicativo das regiões em que cada um deles é mais forte. Embora os votos recebidos em 2010 sejam um termômetro de aceitação e rejeição, os números não são absolutos. “Essas dados são relevantes, mas o cenário mudou bastante desde então. A conjuntura já mudou e isso precisa ser observado e medido”, comenta o cientista político Mário Sergio Lepre, da UEL.
Conhecimento
No entanto, essa votação anterior pode ser importante. “Quando eles se apresentarem na campanha deste ano, o eleitor vai pensar que já conhece aquele candidato, porque já votou nele. As regiões onde eles receberam votação mais expressiva em 2010 representam as áreas onde houve aceitação maior. Mas, para ser eleito governador, é preciso romper a rejeição nas demais”, comenta o analista Elve Cenci.




OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.