Moradores do interior de Prudentópolis reclamam de situação crítica em escola

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) – Imagem: Élio Kohut (Intervalo da Noticias/Rádio Najuá)

Pais dos alunos participaram da reunião

Os vereadores Marcos Vinício dos Santos (PT) e Valdir Krik (PPS) se reuniram com pais de alunos das comunidades de Papanduva de Baixo e Papuã, que relataram a série de dificuldades que a escola que atende as duas localidades vem enfrentando para poder atender aos alunos. Eles pedem, sobretudo, o fim das classes multisseriadas, a contratação de mais professores e a construção de uma escola maior para atender a demanda. Ao lado da escola de Papanduva de Baixo existe uma obra que está parada há muito tempo.
Para o vereador Marcos Vinício dos Santos, que preside a Comissão de Saúde e Educação na Câmara, os pais estão “cobertos de razão em protestar”, pois, de acordo com ele, não há cabimento manter uma classe multisseriada hoje em dia. Ele destacou que próximo dali, em Papanduva de Cima, existe uma escola que é referência em educação e resultou até numa premiação com bolsa para um projeto de uma aluna do curso de Farmácia na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Pais dos alunos participaram da reunião

Santos também ressaltou que a escola tem uma série de problemas estruturais – o prédio é em madeira – e que ao lado existe o início da construção de uma escola em alvenaria, com material pré-fabricado, que parou antes de sua conclusão. “Uma escola grande, poderia ter sido feito algum jeito para que essa escola funcionasse. Agora há a reivindicação de uma nova escola e isso fica como um elefante branco, abandonado. Infelizmente, não temos dinheiro para muitas coisas e para deixar uma obra abandonada, temos. Penso que as pessoas que fizeram isso devem ser responsabilizadas”, avaliou.
Krik comentou que a Comissão vem buscando marcar uma reunião com a Secretaria de Educação e, provavelmente, também com o prefeito Gilvan Agibert a fim de resolver a questão da turma multisseriada. “Os pais reclamam que a qualidade do ensino é muito devagar, devido a ter quatro turmas com um professor só. Buscaremos resolver esse problema, para que os alunos tenham um ensino de boa qualidade em nosso município”, prometeu.

Vereadores que integram a Comissão de Saúde e Educação da Câmara organizaram a reunião

A mãe Ana Marcia Bobato relata que há um professor que atende até três turmas de 20 alunos cada simultaneamente. Além disso, a escola é de madeira e tem problemas no assoalho. Caso o problema não venha a ser resolvido, os alunos devem voltar a estudar em Papanduva de Cima. Segundo ela, na escola de Papanduva de Cima, os alunos tinham um professor e uma sala para cada turma e o transporte desses estudantes até lá foi cortado. “Fomos obrigados a colocar nossos filhos em outra escola aqui em Papanduva de Baixo, que não oferece um conforto para eles. Aqui é uma professora para duas, três turmas”, contou. De acordo com Ana Marcia, também haveria excesso de alunos em relação ao tamanho das salas, que estariam superlotadas.

Construção de escola em alvenaria foi interrompida

“Nossos filhos iniciam na outra escola e querem continuar lá. Eles sentiram de ter que sair daquela escola, onde estavam acostumados com os professores, com os amiguinhos, e vir numa escola que hoje é multisseriada, com várias turmas juntas. Não queremos que nossos filhos sejam prejudicados futuramente”, reclamou.
Outro morador, Ademar Perussolo, disse que já existe, inclusive, a planta para uma nova escola e que faltam ainda recursos para que o projeto saia do papel. De acordo com ele, a contrapartida dos moradores do local, que era cavar um poço e erguer pilares para uma caixa d’água já foi executada e agora caberia a parte da Prefeitura em realizar a obra.

Planta da nova escola

Confira as entrevistas com repórter Élio Kohut:

Ana Marcia Bobato

Ademar Perussolo

 

Vereador Valdir Krik/PPS

 

Vereador Prof Marcos/PT

 

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