By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Cidade News Itaú – Imagem: Divulgação
Reportagem
do Fantástico no domingo mostrou que a presidente Dilma Rousseff e
assessores foram alvo de investigações da Agência de Segurança Nacional
(NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A reportagem é baseada em
documentos da NSA passados para o jornalista Glenn Greenwald pelo
ex-técnico da CIA, Edward Snowden, que denunciou o esquema de espionagem
eletrônica dos EUA.
Nesta
quinta, Dilma e Obama se reuniram em São Petersburgo, onde participaram
de encontro do G20, para tratar das denúncias de espionagem. A
presidente falou aos jornalistas nesta sexta no aeroporto da cidade
russa, pouco antes de embarcar de volta para o Brasil.
O
presidente Obama se comprometeu a responder ao governo brasileiro até
quarta-feira o que ocorreu [...] Obama assumiu responsabilidade direta e
pessoal pela investigação das denúncias de espionagem", afirmou Dilma,
de acordo com o twitter do Planalto.
A
presidente também disse que a viagem dela para Washington, programada
para outubro, vai depender das "condições políticas" que Obama criar.
"A minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo pres Obama."
Dilma ainda afirmou que vai à ONU "propor uma nova governança contra invasão de privacidade".
Além
das denúncias de espionagem, a presidente também falou sobre a situação
da Síria. "O Brasil não reconhece uma ação militar na Síria sem a
aprovaçao da ONU", afirmou.
O caso da espionagem a Dilma
Reportagens
do jornal "O Globo" publicadas a partir de 6 de julho, com dados
coletados por Snowden, mostraram que milhões de e-mails e ligações de
brasileiros e estrangeiros em trânsito no país foram monitorados.
Ainda
segundo os documentos, uma estação de espionagem da NSA, principal
agência de inteligência dos EUA, funcionou em Brasília pelo menos até
2002.
Os
dados apontam ainda que a embaixada do Brasil em Washington e a
representação na ONU, em Nova York, também podem ter sido monitoradas.
Outros países da América Latina também são monitorados, segundo os dados.
De acordo com o jornal, situações similares ocorrem no México, Venezuela, Argentina, Colômbia e Equador.
O
interesse dos EUA não seria apenas em assuntos militares, mas também em
relação a questões de petróleo e da produção de energia.
A
revista "Época" também publicou reportagem sobre documento secreto que
revela como os Estados Unidos espionaram ao menos oito países – entre
eles o Brasil – para aprovar sanções contra o Irã.
No dia 1º de setembro, o "Fantástico" exibiu a reportagem que mostrou que Dilma também é alvo de investigação.
Os
arquivos classificados como ultrassecretos, que fazem parte de uma
apresentação interna da Agência de Segurança Nacional dos Estados
Unidos, mostram a presidente Dilma Rousseff, e o que seriam seus
principais assessores, como alvo direto de espionagem da NSA.
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