By: INTERVALO DA
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Prudentópolis é responsável pela produção de 40 mil, das 350 mil
toneladas de feijão preto, produzidas no país, figurando como o maior
produtor brasileiro. Isso representa 12% do feijão preto que vai para a
mesa dos brasileiros todos os dias, de acordo com dados da SEAB. O
feijão é a principal cultura de 75% dos pequenos agricultores de
Prudentópolis, o que representa em torno de 5.800 das 8.000 famílias que
sobrevivem da agricultura familiar no município. Mesmo as famílias que
plantam outras culturas optam pelo feijão, em muitos casos, como cultura
complementar ou alternativa.A safra das águas como ficou conhecida está tirando o sono dos
produtores de feijão em Prudentópolis. A redução da área de plantio e o
clima ruim influenciaram negativamente. Com isso, o produto perdeu valor
nutricional e saiu com qualidade inferior do campo. A queda em
produtividade irá ocasionar uma redução significativa da lucratividade
desta atividade. Segundo o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater), boa parte dos agricultores já perdeu os grãos e
menos da metade da produção será vendida. Em entrevista a
reportagem da RPC/Guarapuava, o produtor José Chodoba, afirma que
plantou 10 alqueires de feijão. Porém, menos de 50% da produção foi
colhida. De acordo com números da Emater, a área de plantio nesta safra
caiu de 20 mil para 14 mil hectares em Prudentópolis. Já a produtividade
passou de 1.200 kg para 700 kg por hectares. Desta forma, a expectativa
é que sejam colhidas aproximadamente 200 mil sacas durante a safra.
Número bem abaixo do registrado em anos anteriores quando mais de 600
mil sacas foram retiradas do campo. Com menos produto no mercado as cerealistas aumentaram o preço
comercializado. A quebra da safra reflete ainda mais no bolso do
consumidor. Nos supermercados o valor médio teve aumento de 50%. Uma
pesquisa feita pela Universidade Estadual do Centro- Oeste do Paraná
(Unicentro) mostra que o kg do feijão saltou de R$ 3,60 para R$ 4,48
entre os meses de dezembro de 2012 e janeiro de 2013. O aumento
dos custos de produção tem feito com que os pequenos agricultores já
comecem a discutir a possibilidade de migrar para culturas alternativas,
principalmente para garantir uma fonte de subsistência.
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