O vereador
Eloir Valença (PHS) foi preso na manhã desta terça-feira (1º) em Londrina. Também foram detidos o chefe de gabinete do prefeito
Barbosa Neto (PDT), Rogério Ortega, e o assessor da
Sercomtel, Alysson de Carvalho. Todos foram encontrados em casa pelos policiais do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As prisões são temporárias, válidas por cinco dias e podem ser prorrogadas por mais cinco dias. Por telefone, o promotor
Cláudio Esteves informou que o pedido de prisão já havia sido feito há alguns dias, mas foi acatado apenas na noite de segunda (30) pelo juiz
Mário Azzolini, da
3ª Vara Criminal de Londrina. Os três detidos foram levados para a sede do Gaeco. Antes de
encaminhar Valença, os policiais e promotores foram com o vereador até o
gabinete dele na Câmara, onde apreenderam alguns documentos. Segundo Esteves, os três são considerados suspeitos no
inquérito policial que investiga a denúncia de tentativa de suborno ao vereador Amauri Cardoso (PSDB), para que ele votasse contra a abertura de pedido de
Comissão Processante (CP) no caso Centronic. O flagrante da entrega de R$ 20 mil ao vereador ocorreu na terça-feira (24) e resultou na
prisão do empresário Ludovico Bonato e do ex-secretário de Governo Marco Cito, que continuam detidos na
Penitenciaria Estadual de Londrina II. O advogado de Rogério Ortega e Alysson de Carvalho,
João Gomes,
classificou as prisões como desnecessárias. Ele informou que não vai
tentar reverter o pedido na Justiça porque o prazo para o Gaeco encerrar
o inquérito é quinta-feira (3) e, na avaliação dele, após a conclusão
das investigações, não há necessidade de os dois continuarem detidos.
Na avaliação de Gomes, as prisões são "midiáticas". Segundo o
advogado, que também defende o ex-secretário de Governo Marco Cito, as
prisões possuem um objetivo que é colocar "pedras de tropeço no governo
Barbosa Neto." "Eu lamento que no Brasil se decrete prisão preventiva e
temporária e não se pune ninguém", comentou. O advogado que defende Eloir Valença,
André Cunha,
também criticou a prisão do vereador e disse que vai autorizar a quebra
dos sigilos bancário e telefônico de Valença. Cunha também questionou
como uma testemunha passa para suspeito no inquérito em menos de 24
horas e tem a prisão temporária decretada. "Nós vamos pedir que o juiz esclareça isso, qual elemento que
determina a mudança da condição jurídica dele", afirmou. O advogado
informou que vai interpor um pedido de habeas corpus em Curitiba ainda
nesta tarde.
Alysson de Carvalho e Eloir Valença passaram mal no Gaeco e receberam atendimento do Samu.
Valença precisou ser encaminhado ao Hospital do Coração. Carvalho e
Rogério Ortega deixaram o Gaeco por volta das 13h20 em direção à PEL II.
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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Gazeta do Povo
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