terça-feira, 1 de maio de 2012

VEREADOR É PRESO EM LONDRINA

O vereador Eloir Valença (PHS) foi preso na manhã desta terça-feira (1º) em Londrina. Também foram detidos o chefe de gabinete do prefeito Barbosa Neto (PDT), Rogério Ortega, e o assessor da Sercomtel, Alysson de Carvalho. Todos foram encontrados em casa pelos policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As prisões são temporárias, válidas por cinco dias e podem ser prorrogadas por mais cinco dias. Por telefone, o promotor Cláudio Esteves informou que o pedido de prisão já havia sido feito há alguns dias, mas foi acatado apenas na noite de segunda (30) pelo juiz Mário Azzolini, da 3ª Vara Criminal de Londrina. Os três detidos foram levados para a sede do Gaeco. Antes de encaminhar Valença, os policiais e promotores foram com o vereador até o gabinete dele na Câmara, onde apreenderam alguns documentos. Segundo Esteves, os três são considerados suspeitos no inquérito policial que investiga a denúncia de tentativa de suborno ao vereador Amauri Cardoso (PSDB), para que ele votasse contra a abertura de pedido de Comissão Processante (CP) no caso Centronic. O flagrante da entrega de R$ 20 mil ao vereador ocorreu na terça-feira (24) e resultou na prisão do empresário Ludovico Bonato e do ex-secretário de Governo Marco Cito, que continuam detidos na Penitenciaria Estadual de Londrina II. O advogado de Rogério Ortega e Alysson de Carvalho, João Gomes, classificou as prisões como desnecessárias. Ele informou que não vai tentar reverter o pedido na Justiça porque o prazo para o Gaeco encerrar o inquérito é quinta-feira (3) e, na avaliação dele, após a conclusão das investigações, não há necessidade de os dois continuarem detidos.
Na avaliação de Gomes, as prisões são "midiáticas". Segundo o advogado, que também defende o ex-secretário de Governo Marco Cito, as prisões possuem um objetivo que é colocar "pedras de tropeço no governo Barbosa Neto." "Eu lamento que no Brasil se decrete prisão preventiva e temporária e não se pune ninguém", comentou. O advogado que defende Eloir Valença, André Cunha, também criticou a prisão do vereador e disse que vai autorizar a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Valença. Cunha também questionou como uma testemunha passa para suspeito no inquérito em menos de 24 horas e tem a prisão temporária decretada. "Nós vamos pedir que o juiz esclareça isso, qual elemento que determina a mudança da condição jurídica dele", afirmou. O advogado informou que vai interpor um pedido de habeas corpus em Curitiba ainda nesta tarde.Alysson de Carvalho e Eloir Valença passaram mal no Gaeco e receberam atendimento do Samu. Valença precisou ser encaminhado ao Hospital do Coração. Carvalho e Rogério Ortega deixaram o Gaeco por volta das 13h20 em direção à PEL II.
By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Gazeta do Povo 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.