Em um ano que promete ser turbulento, com a disputa das segundas divisões local e estadual, o Paraná se esforça para poder contar com um líder bem conhecido da torcida. Um dos maiores ídolos do Tricolor, o meia Ricardinho acena com a possibilidade de retornar à Vila Capanema. Como jogador ou gerente de futebol. O atleta, que está com 35 anos, não deve permanecer no Bahia e garante que vê com bons olhos uma volta ao clube que o revelou. “Tudo pode acontecer. Teremos boas definições na semana que vem”, afirmou, em entrevista por telefone.
Ricardinho não se reapresentou ontem ao time baiano. Ele conversou com o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, e pediu mais alguns dias de férias para refletir sobre o seu futuro no futebol. A distância dos filhos, que moram em Curitiba, é apontada como o principal fator para o meia não permanecer em Salvador, mesmo tendo mais um ano de contrato com o time nordestino. Após defender 11 equipes na carreira, Ricardinho não sabe se continuará jogando ou se irá pendurar as chuteiras. Ele pretende aproveitar o restante da folga com os familiares para tomar uma decisão final. Independentemente do veredito, as chances de o meia acertar com o Paraná são grandes. “Não sei como vai ser minha continuidade profissional. Estou tomando minha decisão, mas gostaria de voltar [ao Paraná] um dia, dentro ou fora de campo”, garantiu. Ainda que decida abandonar os gramados, a vinda de Ricardinho ainda seria muito bem-recebida pelos dirigentes paranistas. O jogador, que defendeu o Tricolor entre 1994 e 1997, poderia atuar como gerente de futebol, agindo nos bastidores.
Apesar de negar que haja uma negociação em andamento com o Paraná, o pentacampeão mundial confirmou que já conversou com o presidente Rubens Bohlen e elogiou o trabalho da nova diretoria. “Eu o conheci pessoalmente e tenho certeza que com um bom planejamento ele fará uma grande administração”, disse.
Mesmo longe do Tricolor, Ricardinho sempre manteve vínculo com o clube. Em 2007, foi um dos primeiros a comprar um camarote no projeto de revitalização do Estádio Durival de Britto para ajudar financiar a reforma. No mesmo ano, o meia foi o intermediador da negociação que trouxe a empresa espanhola Joma, que era sua patrocinadora pessoal, para ser a fornecedora de material esportivo do time.Se o retorno se concretizar, Ricardinho voltará ao Tricolor após 15 anos. O jogador deixou a Vila Capanema em 1997, com 21 anos, rumo ao Bordeaux, da França. Torcedor paranista assumido, ele garante que as más administrações do clube nos últimos anos foram responsáveis por adiar o seu retorno. “Resolvi ficar mais distante. Não acompanho o dia a dia do clube, dentro do futebol a gente sabe como está a realidade do Paraná e o que os dirigentes fizeram”, criticou.
By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Cicero Bittencourt (Gazeta do Povo) – Fotos: Antonio Costa (Gazeta do Povo)
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