A polícia precisou negociar com 39 presas para que aceitassem a babá Neusa Berenguel Lossavaro, 57, na Cadeia Feminina de Ilha Solteira (660 km de São Paulo), onde está presa desde a última sexta-feira (10) sob acusação de torturar uma bebê de sete meses e o irmão dela, de dois anos, em Andradina. A maioria das presas cumpre pena por tráfico de drogas. Durante o dia, elas fazem tricô, crochê e trabalham para uma empresa de decoração, preparando vasos. Elas têm direito a três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. À noite, assistem TV, e assim ficaram sabendo dos supostos maus-tratos da babá contra as duas crianças. As cenas revoltaram as presas, por isso a recusa inicial de aceitá-la.
Depois de negociação com o diretor da cadeia, delegado Miguel Ângelo Nicas, as presidiárias aceitaram a nova companheira de presídio. Uma presa mais jovem cedeu seu lugar numa cama beliche para a babá e está dormindo num colchonete. Segundo funcionários da cadeia, foi um sinal de respeito à idade de Neusa.
Dentro de 15 dias, todas as presas poderão ser transferidas para a Cadeia Feminina de Lavínia, a 70 km de Ilha Solteira. As presas estão há cinco meses provisoriamente instaladas em Ilha Solteira , em uma cadeia que possui apenas quatro celas, porque a cadeia de Lavínia está em reformas.
Na segunda-feira (13), o advogado da babá entra com pedido de relaxamento da prisão no Tribunal de Justiça de São Paulo. Neusa nega o crime e diz que fazia “carinhos” nas crianças. As imagens das supostas agressões estão em vídeo entregue à polícia pelos pais.
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