quarta-feira, 30 de março de 2011

Eleitor poderá votar no partido e não no candidato


Se a proposta aprovada pela maioria dos integrantes da Comissão da Reforma Política do Senado virar lei, os eleitores não vão mais escolher os nomes dos candidatos a deputado federal, estadual, distrital ou vereador. O cidadão vai votar no partido que, por sua vez, apresentará uma lista de nomes pré-ordenada ao eleitor. O voto proporcional em lista fechada recebeu nove votos na comissão. A idéia foi defendida pelo Partido dos Trabalhadores, como explicou o líder, senador Humberto Costa, de Pernambuco: nós apoiamos esse modelo porque nós entendemos que a democracia precisa de partidos fortes. Vota-se pela proposta, pelo conteúdo ideológico, pelo ideário que o partido representa. E os representantes serão aqueles que dentro da vida partidária mereçam a confiança do eleitorado, mas também dos seus filiados. E principalmente porque essa é a melhor proposta para a adoção do financiamento público, porque há ai um real barateamento das campanhas. O presidente da Comissão da Reforma Política, senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, defendia um modelo diferente do aprovado. Ele lembra que a proposta da Comissão será ainda submetida à Comissão de Constituição e Justiça, ao plenário do Senado e à Câmara dos Deputados: eu defendia o voto majoritário que é aquele sistema que quem tem voto se elege, o povo elege diretamente o candidato. Prevaleceu e eu respeito o voto proporcional em lista fechada, que retira do eleitorado o direito de escolher o seu candidato. Eu acho que a pior situação que poderia ocorrer na comissão é a não tomada de decisão, que vai ser inclusive submetida à votação do plenário. Na próxima terça-feira, 05 de abril, a comissão da reforma política volta a se reunir para debater o financiamento eleitoral, fidelidade partidária, candidatura avulsa, clausula de desempenho e domicílio eleitoral.
Texto: RadioSenado – foto: Divulgação 
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