quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Lula tem aprovação recorde


Às vésperas de deixar o governo após oito anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou aprovação pessoal recorde de 87%. A informação é da pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta quarta-feira. O patamar atingido pelo mandatário petista é o maior também comparado com o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor.
Embora não tenha divulgado o instituto responsável pelos levantamentos em nível global e tampouco a metodologia para se conseguir os números, a CNT informou que a aprovação pessoal lulista é maior que líderes recentes, como a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet (87%), o ex-presidente do Uruguai Tabaré Vázques (80%) e líderes históricos, como o sul-africano Nelson Mandela (82%) e o ex-presidente norte-amaricano Franklin Roosevelt (66%). "Lula deixa o governo no próximo dia 31 com recorde mundial de popularidade", disse o presidente da CNT, Clésio Andrade.
Ao final da gestão com a maior aprovação da República, Lula é pessoalmente desaprovado por 10,7% dos entrevistados. Outros 2,4% não souberam informar posição sobre o desempenho pessoal do chefe do Executivo federal.
A avaliação do governo em geral - de 83,4% - também é considerada o maior patamar desde 2003, primeiro mandato do petista. Quando medido o nível de satisfação com o governo Lula, 13,7% consideram a gestão "regular" e 2,2% a creditam como "negativa".
Ainda que a aprovação pessoal e do governo Lula sejam recordes, a saúde é apontada como uma variável que piorou nos últimos seis meses por 37% dos entrevistados. É a única variável negativa dentre as medidas pela CNT/Sensus. Em sentido contrário, a geração de emprego é apontada como índice que melhorou por 63,7% dos entrevistados. As políticas voltadas à educação e à segurança pública nos últimos também foram apontadas como positivas por 43,3% e 38,1%, respectivamente.
Do ponto de vista econômico, o Brasil "desenvolveu muito" para 63,9% daqueles que responderam à pesquisa, "desenvolveu um pouco" para 30,4% e "não desenvolveu" para 3,7%. Quando considerados os programas e políticas sociais, o governo "desenvolveu muito" para 57,8%, "desenvolveu um pouco" para outros 35,6% e "não desenvolveu" para 4,1%.
"A popularidade (de Lula e do governo) é impulsionada muito pela situação econômica, geração de empregos", afirmou Andrade.
A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas entre os dias 23 e 27 de dezembro. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais.
Quase 70% acreditam que Dilma terá governo ótimo ou bom
A pesquisa apontou também que 69,2% dos brasileiros acreditam que a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), terá um governo "ótimo" ou "bom". A expectativa pela próxima gestão é projetada como "ótima" por 27,7% dos entrevistados, ao passo que outros 41,5% consideram que a petista sucessora de Lula terá um governo "bom".
Do total de pessoas que responderam ao levantamento, 6,4% acreditam que Dilma fará um governo negativo. Dos que responderam à pesquisa, 17,6% apontaram como potencialmente "regular" o próximo governo federal.
Ungida como candidata governista na corrida pelo Palácio do Planalto, Dilma Rousseff representa a continuidade da gestão lulista para 65,0% dos entrevistados. Do ponto de vista econômico, 43,7% dos entrevistados consideram que o Brasil, nos quatro anos do governo da ex-ministra da Casa Civil, "vai desenvolver muito", ao passo que 39,8% acreditam que "vai desenvolver um pouco".
Quando medido o caráter social do próximo governo federal, 43% disseram que o Brasil avançará muito neste quesito. Outros 39,8% estimam que vai desenvolver apenas "um pouco" neste critério.
Texto: Terra
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