Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis reivindica inclusão no regime geral da Previdência Social. Eles participaram de audiência da Comissão de Legislação Participativa, a pedido do deputado Leonardo Monteiro, do PT de Minas Gerais. O coordenador do Fórum Estadual Lixo e Cidadania, de Minas Gerais, defende o reconhecimento da categoria, que existe há 60 anos e tem 800 mil trabalhadores no país. Segundo José Aparecido Gonçalves, somente em Belo Horizonte , os catadores recolhem 1.100 toneladas por mês, enquanto as empresas de lixo retiram 300 toneladas e recebem R$ 65 mil pelo serviço. José Aparecido Gonçalves ressaltou que os catadores sobrevivem sem o apoio das políticas sociais, exceto os trabalhadores cooperados. "Os catadores até 20 anos atrás eram confundidos com mendigos, como marginais, nos contextos urbanos. À medida que eles foram se organizando, foram se evidenciando também enquanto trabalhadores. Hoje, a grande reivindicação deles é que sejam tratados enquanto trabalhadores, porque eles têm consciência de que o trabalho deles serve de grande economia para os cofres públicos, é um grande instrumento de preservação ambiental porque aquilo que iria, até há muito pouco tempo, para o aterro controlado pelos lixões a céu aberto, hoje é separado e triado por esses trabalhadores e vira uma nova matéria-prima virgem. E a grande maioria desses trabalhadores não sobrevivem dos programas compensatórios do governo federal. Eles sobrevivem da produção do seu próprio trabalho." Para José Aparecido, é justo que o Estado reconheça os catadores, independentemente de terem ou não contribuído para a Previdência.
Texto: Radio Câmara
Programa: Cidade Noticias (12:00 as 13:00 hrs) Radio Cidade – www.cidade104fm.com.br
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