sábado, 14 de dezembro de 2019

FATO OU FAKE? Deputado Rogério Medina propõe cotas para evangélicos em concursos?


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: E-FARSAS Imagem: Divulgação

Um deputado do PMDB propôs que 10% das vagas em concursos públicos sejam reservadas para evangélicos. Mas será que isso aconteceu mesmo?
A notícia apareceu na primeira quinzena de fevereiro de 2014 na web. De acordo com a manchete, o deputado estadual Rogério Medina (PMDB do Espírito Santo) teria feito uma proposta de lei que prevê cotas de 10% nas vagas em concursos públicos para os evangélicos. O autor do projeto, segundo o que afirma a notícia, teria alegado que os evangélicos são vítimas de preconceito nos departamentos de recursos humanos das empresas privadas e, por isso, as cotas iriam ajudar na recolocação dessas pessoas.
O texto, que foi compartilhado inúmeras vezes nas redes sociais e publicado em vários sites e blogs, ainda afirma que a proposta teria sido feita numa sessão solene em homenagem ao Dia do Evangélico, realizada na Assembleia Legislativa na última quarta-feira.
Continua depois da publicidade
Verdade ou farsa?
A primeira “pista” que o texto nos deu seria a data em que o fato teria ocorrido. O autor da notícia afirma que a proposta teria sido feita no Dia do Evangélico, que é comemorado em novembro (dia 30). Em 2013, essa data caiu num sábado. Portanto, é bem provável que a tal proposta não tenha sido feita numa quarta-feira. Seria apenas uma confusão com as datas?
Rogério Medina
Deixando esse detalhe de lado, vamos ao personagem principal da matéria em questão: o deputado estadual pelo PMDB do Espírito Santo Rogério Medina. Tentamos encontrar seu nome na lista de deputados estaduais do Espírito Santo na Wikipédia e não encontramos nenhum Rogério Medina.
Claro! A Wikipédia não é uma fonte confiável! Por isso, fomos fazer uma busca no site da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo pelos deputados estaduais e, como já era de se imaginar, também não encontramos o nome do político em questão.
Ficamos, então, imaginando se havia a possibilidade da noticia ser antiga e que o mandato do deputado já pudesse ter acabado. Por isso, fizemos uma busca no site institucional do PMDB e, igualmente, não há nenhuma menção a algum Rogério Medina.
Só para que não reste nenhuma dúvida, fizemos também uma pesquisa no site da Câmara do Deputados, em Brasília. Nada encontrado para esse nome!
Além disso, uma busca por “Rogério Medina” no Google, nos retorna somente sites e blogs que apenas copiaram essa notícia. É como se o tal político só tivesse feito essa proposta em toda a sua vida política (e depois desapareceu) ou, o mais provável, que ele não exista!
Continua depois da publicidade
O homem da foto
Já nos conformando em admitir que o tal Rogério Medina não existe mesmo, resta saber quem é o homem que aparece na foto que ilustra a reportagem.
Não foi muito difícil descobrir que o senhor da fotografia é, na verdade, o vereador da cidade de Toronto (Canadá) Doug Ford, Jr. A imagem foi tirada dessa matéria publicada em novembro de 2013, no jornal Huffington Post.
Origens
Essa notícia falsa surgiu no dia 18 de novembro de 2013, em uma publicação no blog humorístico Bobagento e voltou a ser notícia em fevereiro de 2014, depois de ser republicada no já conhecido aqui do E-farsas, o Jornal VDD.
O autor dessa brincadeira é o humorista capixaba Fábio Flores que, inclusive, já inventou e espalhou várias notícias falsas pela web. Algumas já pesquisadas aqui no E-farsas como, por exemplo, o boato da nova bebida feita de sêmen que estaria fazendo sucesso na Europa.
Conclusão
Notícia falsa! Não existe nenhum deputado propondo cotas de evangélicos em concursos públicos. Tudo não passou de uma brincadeira que se espalhou como sendo real!

OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.