quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Ex-delegado de Rebouças é condenado por corrupção passiva


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Divulgação


O ex-delegado de Rebouças, Eduardo Mady Barbosa, foi condenado em segunda instância a cinco anos de prisão em regime semi-aberto. Ele é acusado de corrupção passiva. O processo pelo qual o ex-delegado foi condenado está relacionado à Operação Tentáculos, deflagrada em 2005, enquanto ele comandava a Delegacia de Marechal Cândido Rondon.
Na época, Barbosa e outros três policiais envolvidos no caso foram condenados por supostamente terem solicitado dinheiro a um proprietário de armas. O delegado, que foi condenado a 9 anos e 9 meses de prisão em 1ª instância, recorreu da decisão. No caso dos policiais, o prazo para cumprimento do mandado de prisão prescreveu.
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O promotor da Comarca de Rebouças, Oséias Vogler, disse em entrevista à Rádio Alvorada de Rebouças que, como houve a condenação em segunda instância, o desembargador responsável pelo caso expediu o mandado de prisão, uma vez que a legislação autoriza a prisão de condenados nesta fase do processo.
“Trata-se de uma execução provisória de pena, pois ainda estão ocorrendo recursos por parte do doutor Eduardo. Este processo irá tramitar até o STJ, mas como a regra atual, de acordo com entendimento majoritário do STF, é a execução da pena provisória já com a condenação em 2ª instância, como é o caso do ex-presidente Lula, então já se executou a sentença de forma provisória aqui na nossa comarca”, frisou.
O promotor relata que, como não há vagas no sistema prisional para que o ex-delegado compareça numa penitenciária no período noturno, ele está utilizando tornozeleira eletrônica e somente pode sair de casa para trabalhar ou estudar, desde que tenha autorização judicial.
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Com a palavra, o ex-delegado
Barbosa contou sua versão sobre os fatos pelos quais foi condenado. Ele relata que os policiais foram cumprir um mandado de busca em uma residência. No entanto, eles teriam trocado uma pistola, que seria a arma apreendida, por um revólver. Conforme a acusação, o delegado e os policiais foram acusados de pedir dinheiro para o proprietário das armas para concretizar a troca.
O delegado estava de folga naquele dia, mas disse que assinou o Boletim de Ocorrência. “Nós recorremos ao STJ, mas depois desta determinação, eu vou cumprir a decisão judicial, que ainda não transitou em julgado”, pontuou.
Barbosa afirma categoricamente que a condenação não tem qualquer relação com sua atuação na região, desmentindo assim boatos de que ele estaria envolvido com políticos em esquemas de corrupção. “Não tem nada a ver com isto: simplesmente é um processo de 2005 contra o qual estamos recorrendo ao STJ, e eu acredito na minha vitória porque não devo isto, mas vou cumprir”, frisou.
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Eduardo Mady Barbosa tem mais de 24 anos de carreira como delegado. Ele atuou por mais de dez anos na região, onde solucionou diversos crimes. O ex-delegado se afastou da Polícia Civil em dezembro, quando anunciou sua aposentadoria.
“Eu sempre pautei minha vida por isto, mas a Polícia tem estes problemas, nós estamos dia a dia em contato com a criminalidade e expostos a estas situações. Eu tenho toda uma história que pauta a minha vida, e não é por causa deste fato que eu vou deixar de falar com a população: ao contrário, eu faço questão de esclarecer a situação. Mas, diante da determinação judicial, me cabe apenas cumprir [a decisão]”, finalizou.
O processo corre no Tribunal de Justiça do Paraná sob o número 0000738-58.2019.8.16.0112.


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