By: INTERVALO DA
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O Partido dos Trabalhadores (PT) de Ponta Grossa, na região dos
Campos Gerais do Paraná, decidiu afastar de suas funções dentro do
partido a vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT) e seu motorista
Idalécio Valverde da Silva. Ambos são acusados por forjar o seqüestro da
vereadora no último dia 2 de janeiro. A decisão do diretório do PT
segue o Regimento Interno e o Estatuto do partido. Além do
afastamento, os membros do partido formaram uma Comissão de Ética e
Disciplina para investigar a postura de Ana Maria e Idalécio. Cinco
membros efetivos e três suplentes devem ouvir a defesa dos filiados,
assim como de Susicleia Rocha Valverde da Silva, mulher de Idalécio e
também acusada se ser participação no crime. A comissão também
deve analisar todos os fatos levantados pelo inquérito policial, além de
possíveis desdobramentos jurídicos e outras informações que julgar
pertinentes.Segundo a assessoria do PT de Ponta Grossa, há suspeita de que
existam outros componentes políticos envolvidos e, por isso, o partido
vai solicitar que a Polícia Federal investigue o caso. O PT
ainda pediu a compreensão da sociedade e garantiu que busca os
esclarecimentos dos fatos. “Tais fatos, se confirmados, terão uma
resposta condizente com a sua gravidade”, divulgou o partido na nota. A vereadora Ana Maria está internada em uma clínica de reabilitação desde quarta-feira (9),
quando foi solta.
Segundo seu irmão, Alan Von Holleben, o estado de saúde de Ana Maria é
considerado gravíssimo pelos médicos da clínica onde ela está internada.
Com um quadro de depressão profunda, a vereadora não pode receber
visitas e deve permanecer incomunicável até a próxima semana. “Eu mesmo
não pude visitá-la porque as visitas estão proibidas”.Na segunda-feira (7), o presidente da Câmara de Vereadores, Aliel
Machado (PT), informou à imprensa que Ana Maria deveria apresentar um
pedido de licença. Entretanto, o vereador disse nesta quinta que esse
pedido não foi e nem será feito. Conforme Aliel, pedidos de licenças
só são necessários quando o atestado médico ultrapassa 30 dias. Como o
tratamento da vereadora está previsto para durar 20 dias e a Câmara de
Vereadores está em recesso, o procedimento não é necessário. A
vereadora teve o pedido de liberdade definitiva expedido na quarta-feira
pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa. Ela deixou o quartel onde estava
detida por volta das 17 horas e foi encaminhada para uma clínica de
reabilitação onde segue internada.
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