terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mais denuncias sobre a Arena da Baixada



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Globo Esporte Imagem: Divulgação

 Afastado da função de diretor jurídico do Atlético-PR e vice-presidente do Conselho Deliberativo, o advogado Cid Campêlo alertou para contratos já realizados e para as próximas contratações de empresas responsáveis por obras na Arena da Baixada. Em entrevista coletiva, ele falou sobre a escolha da Kango Brasil, empresa que vai cuidar das cadeiras do estádio e que tem Mario Celso Keinert Petraglia, filho do presidente, como sócio. Cid Campêlo cobrou mais transparência da CAP SA, que gerencia a obra, e pediu maior fiscalização dos órgãos públicos, principalmente do Tribunal de Contas e do Ministério Público:

- (No caso da instalação das cadeiras) Quando chegasse no dia de colocar as cadeiras, 80% já estava pago, e só 20% seria pago pela colocação. Eu analisei os contratos, e tem o contrato para a base da cobertura metálica, com a Abrafer, que é de 20 milhões. Nesse contrato, a empresa está recebendo adiantado 20%. Ou seja, até nisso houve um benefício (para a Kango Brasil) em receber mais - afirmou o advogado. Ao ser questionado se a empresa responsável pela instalação da cobertura metálica será a de um familiar de Mario Celso Petraglia, Cid Campêlo - em tom de alerta - cobrou atenção dos órgãos de fiscalização e criticou a execução dos contratos: - Vamos esperar a contratação do teto retrátil para nós vermos. Assim como nós precisamos esperar a contratação, que não tem ainda, de iluminação. (A realização da Copa do Mundo em Curitiba) É perfeitamente legal e legítima. O que não é legal e que eu entendo que não ocorre bem é a execução dos contratos - completou.
Responsável para instalação de cadeiras
Cid Campêlo afirma que os critérios para escolha da empresa vencedora. O advogado afirma que, das 14 convidadas para participar da disputa, oito aceitaram. O clube pediu a instalação de cadeiras para avaliação, e seis já ficaram fora por não atender exigência de quantidade e qualidade.
- Quer dizer, já se descartou todo mundo. Das oito, só sobraram duas. São argumentos que estão sendo apresentados para não escolherem as outras - afirmou o advogado em entrevista coletiva.
O clube optou pela Kango Brasil pelo menor espaçamento entre as cadeira e pelo local de produção dos assentos - no Paraná e em Santa Catarina (outra concorrente, Sanko Meão tem fábrica em Portugal).
Pedido de renúncia
O advogado Cid Campêlo pede a renúncia do presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia. Ele argumenta que, sem ele e com mais transparência, a CAP SA teria mais facilidade para conseguir, por exemplo, o empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social):
- Se ele renunciasse, seria tão mais fácil. Diante de todos os órgãos públicos, teria mais crédito e seriam mais fáceis as aprovações. O Ministério Público acompanha a imprensa. O Tribunal de Contas também. Eles já sabem disso tudo. Então, eu não preciso fazer mais nada. Cabe ao MP, ao TC e aos outros órgãos tomar a iniciativa, fiscalizar os contratos.   Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o vice-presidente de futebol, João Alfredo Costa Filho, disse que o Atlético-PR deve conceder uma entrevista coletiva na próxima quinta-feira. Em nota publicada no site oficial, o Atlético-PR convocou o conselho do clube para uma reunião extraordinária no próximo dia 24 de outubro. Entre os assuntos estão as acusações de Campelo.


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