quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Avó acorrenta neto a cama por ele ser viciado em crack



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Cassiane Seghatti (RPC TV) Imagem: Michelli Arenza (RPC TV)


Uma avó, de 60 anos, afirmou ao G1, nesta quinta-feira (25), que acorrenta o neto na cama há aproximadamente um ano.  “Eu não tenho outra solução. Ele fica só roubando”, conta Tereza Dias do Santos, que mora em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. Segundo Tereza, a família não tem mais sossego há três anos, quando o neto, de 16, virou usuário de crack. Ele já chegou a ser internado, mas não largou o vício. Ela conta que o adolescente é agressivo e quebra os móveis de dentro de casa. “Outro dia veio um piá aqui e alcançou uma serrinha para ele serrar a corrente. Daí, ele pulou e me esgoelou. Se não fosse o meu filho ouvir no telefone os meus gritos, ele tinha me matado”, lembra. A costureira relatou que no começo tentou aconselhar o neto, mas não conseguiu. Sem alternativa para não deixá-lo sair de casa, a família decidiu acorrentá-lo. “A gente acorrenta e depois solta. Pensa que ele vai ficar em casa, mas ele sai de novo”, argumenta a idosa. O adolescente é acorrentado no quarto é pode se movimentar apenas dois metros. Quando precisa ir ao banheiro, a avó traz uma vasilha. “Só o soltamos quando o meu filho está aqui para ele tomar banho”, completa. A avó explicou ao G1 que, além da casa dela, o neto também fica acorrentado na casa da mãe do adolescente. “Ele mora mais com a mãe dele. Daí, ele fica um pouco lá e depois aqui”. O pai do garoto já morreu e a mãe casou novamente. Ainda segundo a avó, o neto e o padrasto não se dão bem..
Várias internações sem sucesso
A Assistente Social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social Vanice Fedrigo, disse que está acompanhando a família desde 2010. Segundo ela, o adolescente já foi encaminhado para clínicas de recuperação por diversas vezes, mas sempre foge. “Foi 19 de setembro que ele saiu do último internamento, em Cascavel, e já no segundo dia começou a usar crack novamente”, contou. Vanice explicou que o adolescente vai ser avaliado por um psiquiatra que vai avaliar a melhor alternativa para o caso. Se o médico confirmar que é preciso interna-lo novamente, vai providenciar o encaminhamento. "O fato de a família prendê-lo em casa não é certo, mas eles não conseguem segurar o menino”, conclui a assistente.



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