sábado, 18 de agosto de 2012

Projeto proíbe publicidade de bebidas alcoólicas em rádio, TV e internet


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Ana Chalub (Rádio Câmara) Imagem: Divulgação

Projeto de lei proíbe a publicidade de qualquer bebida alcoólica nas emissoras de rádio e TV, nos jornais e revistas, na internet, em outdoors e até nos caminhões de entrega das distribuidoras. De acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde, 2,5 milhões de pessoas morrem todo ano devido ao consumo de álcool. No brasil, os jovens com mais de 15 anos bebem o equivalente a seis litros de álcool puro por ano - mais que a média nacional. O autor da proposta, deputado Givaldo Carimbão, do PSB de Alagoas, afirma que os jovens são os mais expostos aos efeitos da publicidade. "As pessoas têm que ter opção de querer usar. É o livre direito arbítrio de cada um. Agora, não é justo que fique incentivando, propaganda nada mais é que vender um produto num telemarketing, na televisão, internet, etc. Estamos fazendo um apelo ao grupo que produz bebida e etc. que compreenda, que salve essa juventude." A psicóloca RoseliGofman concorda que a publicidade glamuriza a bebida alcoólica, mas tem dúvidas sobre a aceitação do projeto. "Eu não tenho dúvida que acaba promovendo porque se glamuriza a bebida, coloca atletas bebendo, excesso de glamurização da bebida, e acho que a gente até tem alguma concordância com essa questão. Mas a gente fica pensando sempre nos efeitos, o que isso pode causar, resultar. O problema da lei seca nos Estados Unidos, todo mundo sabe dessa história, a dificuldade que é implantar uma medida restritiva para alguma coisa que na sua origem é celebração, contentamento. Porque a bebida entra na nossa vida como celebração e depois vira uma doença." O deputado Givaldo Carimbão afirma que o álcool é um problema de saúde pública e é, muitas vezes, o primeiro passo para o consumo de outras drogas. "Eu trabalho com dependência química há mais de 20 anos. Hoje, em Alagoas, temos mil pessoas que estão no uso do crack acolhidas em comunidades mil. 99% por cento afirmam: começou pela bebida." O deputado acredita que não vai ser difícil fiscalizar a proibição, nem mesmo na internet, e espera que o projeto seja votado ainda neste ano. O projeto está tramitando junto com outro no Senado, onde aguarda a criação de uma comissão temporária para analisar as propostas.


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