quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

INGRESSO GRATIS AOS 12 ANOS GERA POLEMICA


Foi aprovada ontem, na As­­sembleia Legislativa, a redação final do Projeto de Lei nº 589/11, de autoria do deputado Hermas Brandão Junior (PSB), que assegura o acesso gratuito a todas as crianças de até 12 anos, acompanhadas de responsável, às atividades desportivas realizadas em estádios e ginásios no Paraná. O projeto agora será encaminhado ao governador Beto Richa, para sanção ou veto.A medida divide opiniões entre os principais clubes de Curitiba. De um lado, há quem veja um possível prejuízo financeiro. De outro, quem comemora a garotada no estádio pensando nos futuros torcedores. “Tem de ver se é constitucional, pois impõe obrigações a clubes privados. É preciso fazer um controle, ainda mais no nosso estádio, onde se está sempre próximo da capacidade máxima devido ao número de sócios”, analisou o supervisor jurídico do Atlético, Gil Justen.O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, disse que ainda aguarda a lei ser sancionada para fazer uma análise mais detalhada. Porém, fez algumas críticas à iniciativa. “Preciso ver o contexto da lei. Se aprovada, os clubes têm de cumprir. Mas eu acho que os políticos no país são ávidos em passar a conta para os outros”, afirmou.Hoje já consta no pacote dos clubes o “carteiraço” de policiais civis, militares, Ministério Público e outras categorias. Para reduzir a presença de profissionais de imprensa que não estivessem em serviço nos jogos, tornou-se praxe o credenciamento prévio. Segundo o mandatário coxa-branca, há uma preocupação com a segurança, pois a lei não limita a quantidade de crianças que pode estar sob a guarda de um responsável. “Me parece que existe uma legislação que limita um responsável para cada criança. Assim a conta ficaria mais equilibrada. No princípio pode existir um prejuízo financeiro, depois pode-se garantir a fidelidade desse torcedor”, ponderou. É com esse argumento que o Paraná já tem cerca de 800 crianças cadastradas com menos de 12 anos para acesso gratuito aos jogos do clube. “Acho essa iniciativa importantíssima. Já fizemos grandes campanhas pensando nesse público. Essa criança não vai ao jogo sozinha. Então, acabamos garantindo o ingresso do responsável. Melhor estar no nosso estádio do que em outro, ou na rua. A intensão é formar novos torcedores”, justificou Luis Carlos Casagrande, segundo vice-presidente do Tricolor.No fim dos anos 90, o programa Pai e Filho já reservava um espaço para os torcedores na época em que o Paraná ainda jogava no Pinheirão. Depois, o Família no Estádio também propunha promoções para os dependentes dos sócios-torcedores. O projeto de lei ressalta a formação de futuros torcedores e defende o lazer em família, que estaria em “sintonia com os apelos pela paz nos estádios”.
By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Ana Luzia Mikos (Gazeta do Povo)

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