sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ALUNOS PODERÃO SER PROIBIDOS POR LEI DE NÃO LEVAR CELULAR PARA DENTRO DA SALA DE AULA


Projeto apresentado na Câmara proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula. De autoria do deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergipe, a proposta abrange tanto os estabelecimentos de educação básica quanto os de ensino superior. De acordo com o texto, só serão admitidos nas salas de aula aparelhos eletrônicos portáteis que façam parte de atividades didático-pedagógicas e que estejam devidamente autorizados pelos professores ou gestores. Márcio Mâcedo explica por que está propondo a proibição de eletrônicos nas salas de aula. "Eu acho que atrapalha a relação professor-aluno, atrapalha o aprendizado e dificulta o processo coletivo de construção da cidadania e do saber. Por isso, que eu estou sugerindo um projeto de lei para disciplinar isso. Aparelho celular é para se comunicar fora da sala de aula e os instrumentos que sejam inseridos no projeto pedagógico, esses sim podem ser utilizados em sala de aula." A pedagoga e professora da Pós-Graduação da PUC de São Paulo Lêda Rodrigues concorda com a medida. Ela afirma que os aparelhos eletrônicos interferem negativamente na aprendizagem. Quando utilizados para fins didáticos, a pedagoga acredita que podem contribuir de forma positiva, mas alerta para a dificuldade de se controlar o conteúdo a que os alunos terão acesso. "É muito difícil se você não tem de fato um momento determinado. Principalmente no ensino básico ter o controle do que ele (o aluno) está fazendo e da contribuição daquele aparelho para aquela atividade. Se não tiver esse controle, se não tiver a possibilidade de impedir que esses alunos utilizem como forma de aprendizagem ou quando didadicamente indicado, eu acho que ele (o aparelho) tem que ser proibido mesmo." Na prática, a diretora de uma escola pública do DF, Laudicéia de Sousa, enfrenta problemas com o uso de celulares no ambiente escolar. Para ela, os estudantes ainda não possuem maturidade para usar os aparelhos de forma adequada em sala de aula. A diretora relata um episódio ocorrido na escola que administra. "Eu posso citar o exemplo de um acontecido na escola hoje, em que as crianças simularam uma briga e uma outra criança gravou na câmera do celular para mostrar para os outros colegas que eles tinham um poder. Então, esse é um exemplo do mau uso do recurso em sala de aula." Márcio Mâcedo, acredita que se o projeto for aprovado, será necessário um processo de conscientização dos estudantes para que se discipline o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula.
By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Amanda Martimom (Radio Câmara) Foto: Divulgação

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