terça-feira, 1 de novembro de 2011

AMBIENTALISTA DEFENDE MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL


Ambientalistas, especialistas e representantes da igreja católica, dos trabalhadores sem-terra, dos indígenas e dos quilombolas criticaram alguns pontos da proposta de Código Florestal que está em discussão no Senado Federal. Entre eles, a possibilidade de legalização das plantações que já existiam, antes de julho de 2008, nas Áreas de Preservação Permanente, as chamadas APPs. O coordenador do Instituto Sócio Ambiental, Raul Telles do Valle, disse que a data desta  "anistia" deve ser anterior a 2008 e defendeu que os produtores que desmataram a reserva legal sejam obrigados a recuperar essas áreas. Já o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Leonardo Steiner, disse que o debate não pode ser liderado pelos interesses econômicos, e sim levar em conta a preservação ambiental. A idéia é garantir a conservação e o uso sustentável da terra, além de evitar novas catástrofes naturais, como enchentes e deslizamentos de terras. 
Não se trata de ambientalismo, está em jogo a nossa vida, está em jogo a humanidade, está em jogo o brasileiro, nosso habitat, a nossa casa. Esta questão que eu senti sempre como uma discussão importante de fundo dessas entidades.
O relator da matéria na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Viana, do PT do Acre, elogiou o debate e explicou que o desafio é conciliar a produção de alimentos com a preservação ambiental e ainda criar mecanismos para regularizar a atividade rural e incentivar a recuperação de áreas degradadas. 
É uma coisa complexa. Está envolvido muitos interesses. Está envolvido como lidar com o passado mas essencialmente como o Brasil pretende por os dois pés no novo milênio. Como o Brasil pretende se firmar como uma nação de referência no mundo. Em dois aspectos: do ponto de vista da produção e do ponto de vista da produção e do ponto de vista da proteção ambiental. Este é o desafio do código. Esse é o desafio dessa lei.
O novo Código Florestal deve ser votado na próxima terça-feira nas comissões de Agricultura e Ciência e Tecnologia. Em seguida, o texto vai ser analisado pela Comissão de Meio Ambiente antes de ser examinado pelo plenário da Casa.
By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: George Cardim (Radio Senado) – Foto: Divulgação

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