sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PINHEIRÃO NÃO VAI PRA LEILÃO


A venda do Pinheirão sofreu uma reviravolta nessa quarta-feira (19). Um grupo de investidores ligado ao Coritiba adiantou aproximadamente R$ 2,8 milhões à Fede­­ração Parana­­ense de Futebol (FPF). Com o dinheiro, a entidade quitou parte do débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cancelando o leilão marcado para esta quinta-feira (20). Assim, a FPF ganha tempo para concluir as tratativas que envolvem a construção de um novo complexo esportivo no Tarumã. Segundo apurou a Gazeta do Povo, a compra do terreno por R$ 80 milhões já está acordada. Em troca de uma casa moderna, com capacidade para 45 mil espectadores, o Alviverde cederá o Couto Pereira – antes considerada certa, a presença da construtora OAS no negócio já não está mais garantida. Falta apenas finalizar o modelo da transação, o prazo e a forma de pagamento à Federação. Seguindo o ritmo atual, tudo seria acertado em até 30 dias. A reportagem tentou contato com o presidente da FPF, Hélio Cury, mas o dirigente não atendeu às ligações ontem – na segunda-feira, porém, ele havia dito que falaria sobre o assunto.Já o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, seguiu com o discurso moderado, evitando falar sobre o cancelamento do leilão – e o consequente novo passo do clube dentro da negociação. Disse, apenas, que o Coxa foi procurado recentemente por um in­­vestidor, que não teria retomado o contato inicial. “Eu, Vilson Ri­­bei­­ro de Andrade, às dez horas da noite, não tenho conhecimento disso. Po­de ser que amanhã [hoje] as coisas mudem”, afirmou o dirigente. Mesmo antes do cancelamento do leilão os envolvidos no negócio estavam certos de que ninguém arremataria o estádio, repetindo o que aconteceu no início deste mês. No caso de um eventual lance vencedor – cujo depósito teria de ser feito em juízo –, a aposta era de que a compra seria impedida judicialmente, com base na lei nº 3.583, de 1969. De acordo com o texto, revalidado quatro anos atrás visando a Co­­pa do Mundo de 2014, é obrigatória a construção “de um estádio de desportos para grandes concentrações humanas”, com capacidade para abrigar pelo menos 40 mil pessoas, na área do Pinheirão. O terreno, portanto, não pode abrigar somente um complexo empresarial ou shopping center, por exemplo. A própria prefeitura municipal, uma das interessadas na venda do estádio porque teria como cobrar da FPF dívidas relacionadas ao IPTU, poderia pedir na Justiça a desapropriação do terreno. O mesmo raciocínio vale para clubes filiados à entidade. Em assembleia no dia 1.º de setembro, a aprovação da venda do Pinheirão foi condicionada à construção de uma praça esportiva no local.

Texto: Fernando Rudnick (Gazeta do Povo)  – Foto: Divulgação
Programa Intervalo no Esporte (18:00 as 19:00 hrs) – Radio Cidade FM (87,9) – http://www.radiocidade87fm.com.br/link.html  

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